Curiosidades

Confira algumas curiosidades sobre a origem, propriedades e benefícios de alguns elementos utilizados na culinária, conforme a Associação Brasileira de Alta Gastronomia (ABAGA).

 

Garfo – O garfo é descoberto oficialmente pelo restaurante La Tour D´Argent e foi introduzido na Europa a partir do século XV, mais precisamente na Itália. Antigamente, as pessoas comiam com as mãos, mas com o passar do tempo surgiu uma espécie de utensílio, com dois dentes, com o qual as pessoas espetavam sua comida, facilitando assim, a degustação. Fonte: “Comida e Civilização” de Carson I.A.Ritchie.

 

Cardápio e guardanapo – No século XIV, Leonardo da Vinci possuía um restaurante, e decidiu organizar os diversos pratos oferecidos em um menu a fim de que seus clientes pudessem eleger o que mais agradasse seu paladar, criando assim o cardápio. O pintor ainda criou o guardanapo. A ideia surgiu para evitar que ele se sujasse quando comesse macarrão. Fonte: “Comida e Civilização” de Carson I.A.Ritchie

 

Strogonoff - Prato de origem russa. Seu nome original é Strogonov. No século XVI, na Rússia, os soldados levavam sua ração de carne, cortada em nacos, em grandes barris, debaixo de uma mistura de sal grosso e aguardente para preservar. Coube a um cozinheiro do czar Pedro, o Grande, que era protegido do general Strogonov, melhorar e refinar a mistura. Com a Revolução de 1917 e a emigração dos russos brancos, a receita chegou à França, onde foi refinada, chegando a forma atual. Fonte: “Comida e Civilização” de Carson I.A.Ritchie

 

Escalope – Substantivo proveniente do gaulês arcaico eschalope, denominação de um molusco, primo do inglês scallop e aparentado com as vieiras do Brasil. Ao se fritarem as lascas de carne muito finas, elas se enrodilhavam e assumiam um formato equivalente ao do molusco. Fonte: “A cozinha Clássica” de Silvio Lancellotti.

 

Molho Béchamel – Diz a lenda que tal alquimia foi idealizada pelo marquês Louis de Béchameil (1630-1703), um financista francês, especialista em agricultura e assessor do rei Louis XIV. Na verdade, na Itália, o molho já existia desde o século 14, uma especialidade da região de Cesena, nas imediações do mar Adriático sob o nome de Balsamella. O marquês, efetivamente, apenas utilizou a coisa antiga numa receita de frango. Provavelmente motivado pela coincidência incrível das nomenclaturas, assumiu o molho como seu. Fonte: “A cozinha Clássica” de Silvio Lancellotti

 

Fondue – A palavra é feminina, ou seja, diz-se a Fondue e não o Fondue. Como inúmeros prêmios da gastronomia, nasceu da necessidade. Alguns povos dos Alpes da Suíça produziram mais queijo do que conseguiam vender e consumir. Veio o inverno e o produto se enrijeceu ao ponto do lixo. Na temporada seguinte, de novo diante de um estoque superlativo, a comunidade se reuniu e alguém, brilhantemente, expôs a sua idéia excepcional. O exagero seria derretido. E para sua melhor conservação, à massa se acrescentaria algum álcool, vinho e/ou aguardente, o Kirsh, destilado local de cerejas. A mistura voltaria a ser sólida com o frio e não mais se estragaria. Depois, bastaria derretê-la novamente. A operação inaugural aconteceu em um gigantesco caldeirão. A fim de experimentar o sabor, um cidadão mergulhou no queijo derretido um espeto com um pedaço de pão nas pontas, e assim surgiu o prato nacional da Helvécia. Fonte: “A cozinha Clássica” de Silvio Lancellotti

 

Champagne – Surgiu em 1668, quando Dom Pérignon, abade de Hautvillers, observou que o vinho das uvas da região de Champagne desenvolvia uma fermentação secundária, produzindo pequenas bolhas e gás. Isso, até então, era considerado algo a evitar. Dom Pérignon, ao contrário, resolveu favorecer e controlar essa fermentação. Criou assim o que se chama a técnica champenoise. Fonte: Livro “De caçador a gourmet” de Ariovaldo Franco.